Revolução 3D na Odontologia: como transformar o stl em modelo ortodôntico?

Considerando o paralelo óbvio com o conceito de “Indústria 4.0”, esta que vem sendo rapidamente implementada em países de primeiro mundo, como Alemanha e Holanda. Se, por um lado, ainda estamos muito atrasados nesse contexto, por outro, já temos empresas engajadas em desenvolver o setor no Brasil.

É o caso da Monster3D, fabricante de filamentos especiais para impressão FDM na Odontologia, tendo por objetivo principal substituir os modelos ortodônticos tradicionais produzidos em gesso por um arquivo 3D obtido por um (simples) escaneamento intra-oral. “Quando realizamos o escaneamento intra-oral no paciente, obtemos um arquivo stl com o qual podemos trabalhar todos os procedimentos: de planejamento cirúrgico a planejamento de prótese e de sorriso, por exemplo, e tudo isso com baixo índice de distorções”, explica Jackson Signor, engenheiro mecatrônico especialista em impressão 3D, um dos pioneiros na utilização de scanner intra-oral na Odontologia.

Em sua palestra durante a Inside 3D Printing 2018 (veja abaixo), Jackson mostrou um vídeo comparativo entre as técnicas de moldagem tradicional de 2 passos e o escaneamento intra-oral. A diferença em tempo de execução de cada operação é bastante significativa: de 22 minutos e 51 segundos para a moldagem e apenas 07 minutos e 04 segundos para o escaneamento intra-oral do paciente. Em uma matemática simples, é como se o dentista pudesse executar 3 moldagens (ou atender 3 pacientes diferentes ao mesmo tempo) se usasse um scanner intra-oral.

Na verdade, é melhor do que isso ainda, já que, com o arquivo stl em mãos, é como se o dentista tivesse um mapa completo e detalhado da boca do paciente por dentro. Agora, o que fazer de melhor com esse modelo 3D? Em outras palavras, como garantir a qualidade do modelo ortodôntico a ser impresso em 3D a partir desse escaneamento? É aí que entra a necessidade de se trabalhar com materiais especiais, sobretudo para impressão FDM.